segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Fêmea.

Eu sou um animal
Fenda úmida a espera do teu pau
Meus dedos batem nas teclas do computador
Com a mesma habilidade que te fazem gozar.

O corpo treme e ferve
E enquanto questões realmente sérias te aborrecem
Só meu cio me incomoda.

Na hora de dormir
Ao não sentir teu gosto em minha boca
Me porei eu mesma a me provar:
Tetas, buceta, coxas e barriga.

Ao fim, quando meus olhos se revirarem
E meus quadris pulsarem no mesmo ritmo do espasmo gozozo que me percorre - e escorre
Serei tua
fêmea.


Amanhecer do Eu.

Aqui se faz mais um dia
E o amanhecer de um tempo que ainda não se conhece
Desponta na aurora de meu caminho

À minha volta todas as opções do Universo:
Do escarlate ao verde vivo que cobre montanhas

O vento passa por entre meus dedos
Fazendo com que meus pés se descolem do chão

Não estou em lugar algum e em tempo nenhum
Nada mais existe além de mim
Nada mais, nada mais.