terça-feira, 25 de agosto de 2009

Voa pipa!

Leve leve, voa a pipa
Serpenteando para o alto!
E em vez de tentar buscá-la
Me delicio com o seu subir para o céu azul.

Voa pipa, voa!
Vai lá para cima e me faz gargalhar
Com a alegria da sua liberdade na atmosfera redonda.

O último fiapo da corda que te mantinha em minhas mãos
Soltei com gosto de deixar partir.

Que linda é você voando
Que lindo é esse dia
Que lindo é o sol a se esparramar sobre meu rosto!

Respiro fundo e sinto o calor da própria vida
A se expandir dourado em meus pulmões...

Quanta beleza!



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Remissão.

Conversando lhe falei:
"tudo o que escrevo é denso"

Tal conclusão provinha de uma rápida passada pelas páginas de meu blog,
Onde há alguns meses vomito todas as idiossincrasias da vida adulta - que não são poucas, como você deve saber.

Só agora entendo, quando vejo 3 crianças apostando corrida sem querer chegar a lugar algum
O que minha mãe dizia: "aproveeeeita, minha filha".
E quando ela falava isso, era num tom de advertência que eu nunca realizava o por quê.

Mas nem tudo são apenas sombras, 
Como venho relatando constantemente aqui.

Existe uma fonte latejante de felicidade.

Aquele tipo de felicidade tranquila,
Com cheirinho de lençol recém-trocado.
Que te faz sorrir na hora de ir comprar pão,
Ao olhar os chinelos velhos vestindo teus vagarosos passos.

Arranca sem sofrimento algum
Um suspiro de plenitude 
Que você até esqueceu que um dia poderia sentir,
Ao simplesmente constatar que está aqui, neste exato lugar.

Tanto faz se o sol acaricia o seu rosto
Ou se as gotas de chuva alcançam seus dedos-do-pé...
Na palma da sua mão cabe toda a sua vida
E ela faz-se eterna.