quarta-feira, 29 de julho de 2009

...

Na palma de minha mão sinto o gélido,
Hálito dourado e alado
Me trazendo em bandejas enfeitadas 
A realidade que gostaria de ter.

O líquido desce
O trabalho não parece tão maçante
E o que me toca, realmente, se desvanece.

Tudo é neblina e torpor
Tudo torna-se tolerável e (in)visível,
Mecânico e inexistente.

O mouse roda e torno-me adulta.

O "preciso te contar algo" nunca mais me trouxe risadas 
de uma acontecimento vão...
Mas rugas e noites sem dormir
A pensar em fatos que me fogem do controle.

A morte se aproxima e beija-me as têmporas -
Como se faz presente um ente querido.

Percebo que o infinito dobra a esquina
E minha existência aqui é finda, 
Muito mais do que gostaria.



Um comentário:

  1. Nossa, Juba. Esse está sombrio, bem sombrio.(mas está bem bom tb) =)
    Arrepiosss...
    Brrrr
    1, 2, 3: a gente virou adulta de vez! É isso aí, amiga.
    Bjocas.

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