segunda-feira, 25 de maio de 2009

O pai.

Se fantasiamos nosso pai
E sobre eles construímos todo édipo
Se ele se torna modelo
Idealizado, inalcançável, sem defeitos
Que grande choque, tremendo baque
- talvez carregado de ilusão burguesa, é bem verdade -
É perceber que ele não é nada além de humano.

Pode ser insensível
Pode ser egoísta
Pode não apreciar a sua presença
Pode ser totalmente alheio a quem você é
E de como você gostaria que ele enxergasse no fundo da sua alma.


Aí, nesses momentos de silêncio onde a realidade se mostra
Você percebe que seu pai sintetiza, na verdade
Aquilo que você busca em outro ser humano:
Uma compreensão sem palavras
Um conforto vindo do outro como o grande útero materno.

Nessa desterritorialização
Percebe-se a infância ficar em um passado remoto
E suas feridas abertas nesse mesmo presente
Esperando para serem curadas, para serem entendidas.

Então você percebe que ficou adulto
Que a trama familiar não pretende acompanhar seus largos passos
E que o único refúgio real
É aquele que você constrói dentro de si mesmo.

2 comentários:

  1. Jubaaa! Agora, sim! Tinha escrito aqui, mas não consegui postar. Que bom que continua escrevendo!!! E muito bem por sinal. Gostei da maioria. Os seus escritos estão fortes e catárticos. Tem material novo no meu BLOG: http://www.poetasaindaexistem.blogspot.com
    Você chegou a favoritar o meu BLOG? Favoritei o seu! =) Saudades! Vou te escrever com calma em breve. Ando numa correria grande. Bjão.

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  2. Eiiii, senhorita! =)
    Sentindo falta das atualizações do seu Blog...
    Mas calma, calma, não estou cobrando nada não, tá? hahaha (inside joke) apenas gosto de ler o q vc escreve tb. Qdo tiver um tempinho, passa no meu, tem novos e humildes escritos.
    Bjos, amiga.

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