segunda-feira, 14 de junho de 2010

O vulcão e o jardim

Meu amor,
O vulcão novamente entra em erupção.

O gigante que somente você soube acalmar.

Não se espante se não me reconhecer passando pela rua!
Se em meus olhos houver apenas duas labaredas de fogo.
Se meus passos imprimem uma trilha incandescente no chão.

Preciso queimar.
Queimar tudo que precisa ser queimado -
À mim mesma e aos outros.

Me esgotar, explodir!

A única coisa que me acalma
É saber da existência de seu vilarejo, lá em baixo...
Com pequeninas luzes que me guiam à noite.

À beira de sua porta quero virar brasa
E então me juntar à terra de seu jardim...

Para que você faça de mim um lindo canteiro de flores.



(Escrito em 27/11/07)

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